Olá a todos!
Eis a ideia para vocês refletirem ao longo da semana: “promessas impressionantes de Cristo – I: a felicidade”.
Vamos dar início a uma série de mensagens que tratam das promessas de Cristo, que, para aqueles que o seguem, são realmente impressionantes. Sendo Jesus o próprio Deus, entende-se que as pessoas que o seguem encontrarão gozos, alegrias, consolos etc., o que não se pode dizer em relação aos que não o seguem.
A primeira promessa impressionante sobre a qual vamos comentar é a da felicidade simbolizada na água viva. Essa promessa foi feita por Jesus no famoso diálogo com a samaritana descrito no capítulo 4 do Evangelho de São João. É um diálogo belíssimo e surpreendente.
Diz São João que Cristo em determinado dia, quando caminhava da Judeia para a Galileia, cansado da viagem, por volta do meio-dia, parou em um poço para tomar água. Ali estava uma mulher samaritana (da região da Samaria) tirando água. Assim descreve São João:
O Senhor soube que os fariseus tinham ouvido dizer que ele recrutava e batizava mais discípulos que João. Deixou a Judeia e voltou para a Galileia. Ora, devia passar por Samaria. Chegou, pois, a uma localidade da Samaria chamada Sicar, junto das terras que Jacó dera a seu filho José. Ali havia o poço de Jacó. E Jesus, fatigado da viagem, sentou-se à beira do poço. Era por volta do meio-dia. Veio uma mulher da Samaria tirar água. Pediu-lhe Jesus: “Dá-me de beber”. Aquela samaritana lhe disse: “Sendo tu judeu, como pedes de beber a mim, que sou samaritana?”. (Pois os judeus não se comunicavam com os samaritanos.)
Até aí a conversa de Jesus com a samaritana é bastante normal. A partir de então, Jesus se servirá das perguntas da samaritana para transmitir, usando um paralelismo com a água, promessas inimagináveis para aquele que o seguir: terá uma água viva, uma água capaz de fazer com que aquele que a tome não volte a ter sede, uma água que jorrará até a vida eterna.
Respondeu-lhe Jesus: “Se conhecesses o dom de Deus, e quem é que te diz ‘Dá-me de beber’, certamente lhe pedirias tu mesma e ele te daria uma água viva”. A mulher lhe replicou: “Senhor, não tens com que tirá-la, e o poço é fundo… donde tens, pois, essa água viva? És, porventura, maior do que o nosso pai Jacó, que nos deu este poço, do qual ele mesmo bebeu e também os seus filhos e os seus rebanhos?”. Respondeu-lhe Jesus: “Todo aquele que beber desta água tornará a ter sede, mas o que beber da água que eu lhe der jamais terá sede. Mas a água que eu lhe der virá a ser nele fonte de água, que jorrará até a vida eterna”. A mulher suplicou: “Senhor, dá-me desta água, para eu já não ter sede nem vir aqui tirá-la!”.
São João, um pouco mais adiante, no capítulo 7, transmite outras palavras de Cristo que voltam a fazer a mesma promessa. Um dia Jesus se voltou para o povo e disse: “Se alguém tiver sede, venha a mim e beba. Quem crê em mim, como diz a Escritura, do seu interior manarão rios de água viva” (João 7, 37-38).
Podemos imaginar a surpresa com que a samaritana ouviu essas palavras de Jesus. Nunca havia escutado algo igual. Jesus faz um voo de águia indo da água à “água viva”, da sede à saciedade completa. Não é de estranhar que a samaritana tenha ficado com uma vontade enorme de tomar aquela estranha água. Qual de nós não quer tomá-la? Qual de nós não quer que do nosso interior emanem rios de água viva, não quer ter uma fonte de água que jorre até a vida eterna?
É difícil traduzir em palavras o que significa essa promessa de Cristo, pois vê-se que é algo indescritível, inefável. Para tentar dizer algo, podemos dizer que Jesus promete uma felicidade sem igual: uma felicidade sem limite, eterna, uma felicidade viva, inimaginável. Será que algo na terra ou algum projeto humano pode nos dar isso?
Pensemos nisso!!!
Uma santa semana a todos!!!
Padre Paulo M. Ramalho
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Padre Paulo M. Ramalho – Sacerdote ordenado em 1993. Cursou o ensino médio no colégio Dante Alighieri. Engenheiro Civil formado pela Escola Politécnica da USP; doutor em Filosofia pela Pontificia Università della Santa Croce. Atende direção espiritual na igreja Divino Salvador, Vila Olímpia, em São Paulo.